REGIÃO – São quatro décadas de magistério, lecionando em escolas de Porto Alegre e ensino superior na Faculdade UniRitter e 46 anos atuando como advogado na esfera civil, sendo condecorado com Jubileu pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), título conferido aos profissionais com mais de 30 anos de atividade e, no mínimo, 70 anos de idade.
Com 84 anos,o escritor, pesquisador e historiador José Francisco Centeno Roxo, a bordo de seu motorhome, sendo esta a sua casa, atravessa as estradas do Rio Grande do Sul, para “levar cultura e conhecimento”, como ele mesmo relata, divulgando o “Bom Exemplo”.
Este projeto consiste em divulgar uma coletânea literária, com destaque para o livro Tetra Neto de Maria Angélica, sendo ela sua tetravó e filha do general Bento Gonçalves e ele descendente de um dos líderes da Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha que durou 10 anos e pretendia a independência da província do Rio Grande do Sul.
Outras obras estão compostas com o Coitado do Idoso (Estatuto do Idoso), O Consumidor Paga todas as Contas (Direito do Consumidor) e a Justiça ao Alcance de Todos (Direito Civil), sendo estes três, de forma didática e outra obra, intitulada Prestação de Contas ao Senhor é uma autobiografia comentada, sendo este seu primeiro livro.
Sobre o trabalho de seguir divulgando seu trabalho, Centeno mencionou que seu filho, que reside atualmente em São Paulo, sugeriu que escrevesse histórias e as divulgassem. “Meu filho dizia que como tenho muitas histórias para contar, porquê não relatar em livros e assim o fiz”, contou.
O projeto independente não visa lucros conforme mencionou o escritor e a intenção é fomentar o hábito da leitura. Os livros são comercializados com dois preços, a R$ 40 na versão preto e branco e R$ 60 ele totalmente colorido. “O valor é simbólico, apenas para custear as despesas com as gráficas”, explicou.
Além da paixão pela literatura, outra revelada foi pelos esportes. Centeno recordou dos períodos que praticou natação e tênis e de outro grande amor na sua vida, o Grêmio, sendo campeão em duas oportunidades vestindo a camisa tricolor em campeonatos de futebol de areia, ambos vencendo o Internacional na década de 70 na Praia da Guarita, em Torres.
“Alguns torcedores diziam para o Obino [Flávio, presidente do Grêmio na época] para me contratar para o time principal, jogava no meio, era um camisa 5”, recorda-se e citando amizades, além do ex-presidente tricolor, com Renato Gaúcho e Paulo Roberto Falcão.
Viúvo e pai de um filho e avô de dois netos, ambos de 14 e 16 anos, Centelho, que é natural de Camaquã, revelou que seu único patrimônio é o motorhome e orgulha-se do investimento que está fazendo. “Estou ajudando meus netos, que estão indo morar no exterior para estudar”, finalizou. Mais informações sobre o trabalho de Centeno, pelo facebook.com/centenoroxo ou e-mail [email protected].
Texto: Tiago Manique – [email protected]
