A Prefeitura de Caxias do Sul recebeu, até o momento, R$ 51.913.527,04 de recursos específicos para o enfrentamento à emergência da covid-19. Do total, R$ 47.367.527,04 vieram de portarias federais e da lei complementar 173/2020. Outros R$ 880 mil tiveram origem do governo do Rio Grande do Sul e de emenda parlamentar estadual. Ainda foram destinados R$ 3,504 milhões por meio de habilitações de 22 leitos de unidades de terapia intensiva junto aos hospitais Geral, Pompeia e Virvi Ramos, e R$ 162 mil de sentenças judiciais.
Do valor recebido, foram investidos R$ 40.410.833,23 em materiais, equipamentos de proteção individual e hospitalares, toldos e estruturas externas, compras de testes, hospitais de campanha, leitos, desinfecção e custeio de folha de pagamento de profissionais da linha de frente, entre outros. Segundo o secretário da Saúde, Jorge Olavo Hahn Castro, a maior concentração dos recursos foi aplicada em leitos e na proteção dos profissionais da saúde. “Nesse montante também está a manutenção de todos os leitos abertos e dos hospitais de campanha até o dia 30 de novembro de 2020. Com o acompanhamento do cenário, estimamos que progressivamente estes leitos sejam desativados”, explicou.
Informou que há uma reserva técnica financeira, de R$ 11 milhões, que não pode ser usada na compra de bens permanentes ou reformas, visto que em muitos países houve a segunda onda da pandemia. Castro salienta que estes recursos são específicos para o enfrentamento da pandemia até 31 de dezembro de 2020, segundo normativa do Ministério da Saúde.
Para o prefeito Flavio Cassina, a pandemia trouxe uma união de esforços conjuntos na cidade, visando ao enfrentamento da doença até então desconhecida. “Com muito diálogo e transparência chegamos até aqui. Enfrentamos o desconhecido juntos, nos reunindo sempre a cada passo dado com a orientação do Gabinete de Crise, principalmente os profissionais da Secretaria da Saúde. Iniciamos a montagem das estruturas de hospitais de campanha e leitos para que ninguém ficasse sem atendimento pela Covid-19. E foi isso que aconteceu”, expôs. Com o argumento de que a pandemia ainda não acabou, convocou a população a se manter atenta, adotando os cuidados necessários, como uso de máscaras e álcool gel, e evitando aglomerações.
Relatório apresenta ações empreendidas
A Administração também apresentou um relatório com as medidas adotadas desde março, quando teve início o planejamento de ações e medidas para conter a disseminação da covid-19. O Gabinete de Crise foi instituído em 16 de março, cinco dias após a confirmação do primeiro caso. Desde 19 de março, decretos municipais determinam o isolamento social para restringir a circulação de pessoas e reduzir a contaminação. De acordo com a prefeitura, o Gabinete de Crise segue se reunindo semanalmente para debater intervenções que possam minimizar os efeitos da pandemia na cidade.
No dia 8 de maio começou a funcionar o Painel de Monitoramento da Covid-19 com informações internações, recuperações, óbitos e bairros em que residem as pessoas infectadas pelo coronavírus. O endereço https://covid.caxias.rs.gov.br já foi acessado por mais de 480 mil pessoas.
A cidade registra 6.600 casos confirmados, dos quais 5.492 estão recuperados. Os bairros com mais casos são Santa Catarina (358), Santa Fé (317) e Ana Rech (250). Já a faixa etária de maior contaminação é de 30 a 39 anos, com 1.618 casos. Neste período houve a ocorrência de 116 óbitos.