Quando eu trabalhava no balcão de peças para reposição em automóveis, lidávamos com peças novas e recondicionadas. Diversas peças podem ser recondicionadas, como os amortecedores e a maioria dos rolamentos. A aplicação é a mesma, mas a diferença está no tempo de duração; geralmente, a peça recondicionada dura menos. Dura menos e custa menos. Às vezes, se você tem um carro velho, não compensa colocar uma peça nova. Também há a possibilidade de venda, então coloca-se uma peça mais barata e transfere-se o problema para o próximo dono, o que é uma atitude de picareta.
Mera coincidência
O novo governo de Canela é algo semelhante a isso. Tem peças novas e recondicionadas. E, no frigir dos ovos, terá mais recondicionadas do que novas. Mas a aplicação é a mesma. Os cargos estão ali para serem preenchidos, e é isso que está acontecendo. Como prevíamos há muito, Canela, do dia da ‘pauleira’ em diante, vai seguir sendo Canela. O que muda são algumas poucas peças novas. Além do mais, o período de uso é curto, apenas quatro anos, e dá até para trocar antes, por outra nova ou recondicionada.
Competência
Menos mal que na vida humana temos o termo “experiência”. Assim, no caso do secretariado, do prefeito e do vice eleitos, podemos usar essa definição, mais apropriada. Lamenta-se apenas que nem todas as experiências são boas. Algumas são ruins, acho que meio a meio.
Quanto aos novos secretários anunciados recentemente pelo prefeito eleito, Gilberto Cezar, não tenho nenhuma ressalva, exceto o fato de não serem exatamente uma novidade, que é o que “aparentemente” a população buscava. Ademais, são todas pessoas do bem e que podem dar boas respostas.
De pá virada
Se a montagem do governo não compatibiliza com o teu pensamento, é porque tu votou errado ou perdeu a eleição. A dupla de Gilbertos não é uma novidade. Ambos participaram do último governo e no primeiro escalão. O vereador Gralha reclamou, na sessão de segunda-feira, da indicação do experiente Jean Spall para a Saúde, não o achando bom porque já esteve lá no último (atual) governo e, na sua concepção, deixou a secretaria em trapos. É isso. É mais do mesmo. Pessoas que já tiveram até mais de uma oportunidade, não será agora que irão virar a pá da patrola ou colocar o limpador do lado de fora do para-brisas.
Estilhaços
Estou sabendo, até pelo próprio prefeito eleito, que convidados “melhores” não aceitaram os convites por diversas razões, sendo a principal delas a remuneração. Os cerca de 13 mil líquidos não bastam para o tamanho da responsabilidade e habilidades exigidas. Esse seria um dos motivos para usar os recondicionados. De outras fontes, chega a informação de que foram diversos convidados que declinaram. Além do salário, pesa para muitos a exposição pública. Lembrem-se, aceitar um cargo desses é quase igual a não se importar com o termo ladrão. Lamentavelmente, nós, população, temos o mau hábito de taxar políticos com esses termos, sem nenhuma cerimônia. E aqueles que estavam atirando pedras até há pouco, agora, como num passe de mágica, viraram a vidraça.
Financiamento
A taxa Selic foi aumentada em um ponto percentual, ontem, para 12,25%. Assim, quem ir buscar socorro em uma instituição bancária, ou mesmo comprar parcelado no comércio, vai pagar mais caro. É o sacrifício do povo pelo governo que não consegue enxugar a máquina, com seus 39 ministérios.
Sigilo
É ruim, mas necessário às vezes. Na fase de investigação, é preciso ter cuidado, pois alguém pode ser acusado injustamente, mesmo sendo inocente. Nestes dias, algumas notícias policiais têm aguçado a curiosidade do povo. Primeiro, “um médico”, depois um agiota e agora uma construtora. “E amanhã tem mais”, disse um amigo ao colunista. Se divulgar os nomes nesta fase, pode-se cometer uma injustiça mais tarde, mas não divulgar coloca todos os do segmento sob suspeita. A população, curiosa e com razão, fica especulando, e até descobrir a verdade, todos são suspeitos. No caso de hoje, da construtora, a Polícia Civil “deixou uma pista”. Pelas fotos, alguns mais espertos reconheceram o local e o boné.
Dorival Júnior
O técnico da Seleção Brasileira de Futebol de Campo, Dorival Júnior, passou alguns dias em Gramado e escolheu o Hotel Fioreze para se hospedar com a esposa. O empresário e CEO da rede de hotéis, Celso Fioreze, e o vice-prefeito, Luia, brindaram o famoso treinador com mimos como lembrança da nossa cidade.
Luto
Agradeço a compreensão dos leitores pelos dois dias em que estive fora. Faleceu meu cunhado, José da Costa. Deixou viúva minha irmã Iracema, os sete filhos e 13 netos. Além, é claro, dos demais familiares, como eu, meus irmãos e familiares do lado dele. José participa de 45 dos meus 55 anos. Ele tinha dez anos mais do que eu e quando tinha vinte, conheceu minha irmã. Desde então, se tornou um irmão, sempre presente na vida da família, afinal de contas, se tornou um membro dela. O maldito câncer o ceifou. E assim seguimos nós, agradecendo a Deus por cada dia vivido com saúde. Bola para frente!
Inauguração
Está marcada para o próximo dia 20 a inauguração da ponte sobre o Rio Caí, em Vila Cristina, na BR-116. A informação foi confirmada na última segunda-feira pelo chefe da unidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Vacaria, Daniel Bencke, em evento realizado pela Sicredi em Nova Petrópolis (NP), que reuniu lideranças e empreendedores do turismo de 21 municípios da região. Além dessa notícia, Bencke falou sobre as demais obras na BR-116 que estão sendo realizadas.
O trânsito de Nova Petrópolis a Caxias e de Nova Petrópolis a Picada Café está liberado, mas com sinaleiras, e não há prazo para a conclusão. Ele explicou que, devido às chuvas de maio, as obras que já estavam em andamento tiveram que voltar à fase de projetos por conta da ampliação dos estragos. No trecho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul, há três contratos em andamento que somam 60 milhões de reais, mas isso não será suficiente, e são apenas remendos. Outros pontos da rodovia podem ceder a qualquer momento. No trecho a Picada Café tem dois pontos que ainda nem foram à licitação.
