GRAMADO – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de investigação contra seis dos empresários que foram alvo de mandados em razão de conversas em aplicativo de mensagens sobre um suposto golpe de estado. Dentre os investigados, estava o empresário gramadense, Luiz André Tissot, dono do grupo Sierra Móveis.
Nos textos enviados pelo aplicativo, os empresários, apoiadores do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), defenderam um golpe de estado no Brasil caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencesse as eleições de outubro para a Presidência da República. As mensagens foram reveladas pelo site “Metrópoles”.
Uma das mensagens enviadas pelo empresário gramadense teria sido: “ O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. Em 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”, publicou, segundo a reportagem do Metrópoles.
Em agosto de 2022, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação onde cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos empresários, incluindo a residência de Luiz André Tissot, em Gramado.
Segundo Moraes, ao decidir contra a continuidade do procedimento contra os seis empresários, “a investigação carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”.
Os seis empresários que tiveram a investigação arquivada são: Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, José Isaac Peres, do grupo Multiplan, José Koury, dono do shopping Barra World, André Tissot, da Sierra Móveis e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii
Já os empresários Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa, e Luciano Hang, das lojas Havan, tiveram as investigações mantidas por mais 60 dias. A apuração em relação a ambos está mantida para apurar o conteúdo do celular de Hang e um possível vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo a PF.
Informações: Portal G1