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Donna FF e UTFF e decidem o título do Futsal Feminino

GRAMADO – Duas partidas na quarta-feira (29) no Perinão definiram as equipes finalistas do Aberto de Futsal Feminino. No primeiro confronto a vaga foi obtida através de goleada. Atual campeã da competição, o Donna FF vai novamente para mais uma final, após vencer por 5 a 0 o Pointer FF.

Na partida seguinte, a vaga precisou ir até a prorrogação. A UTFF de Taquara ficou no empate em 1 a 1 com a Femme e no tempo extra, igualdade no marcador em 0 a 0. Como a equipe do Vale do Paranhana tinha melhor campanha na primeira fase garantiu uma vaga na decisão que ocorrerá em partida única na quarta-feira (5) às 20h no Perinão.

Chegada do trem a Gramado comemora 100 anos de história

MARTINA BELOTTO

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GRAMADO – Um dos grandes marcos históricos para o desenvolvimento da região foi a chegada do trem.. Amanhã, dia 1º de junho, completa 100 anos da inauguração da estação ferroviária do bairro Várzea Grande. Durante os 44 anos seguintes, a ferrovia foi elo de extrema importância para as relações econômicas e sociais de Gramado. Entre 1919 e 1963, o trem foi um dos únicos meios de locomoção, tanto para moradores quanto para os primeiros visitantes que chegavam  à região.

A primeira linha ferroviária construída no Rio Grande do Sul, da qual Gramado fazia parte, foi a sétima instalada no país. Em 1903, foi inaugurada parte dessa linha, que ligava Novo Hamburgo a Taquara. Depois disso, foram construídas outras estações, ligando Taquara até Canela. A estação da Várzea foi inaugurada em 1919, a do Centro de Gramado chegou em 1921 e a de Canela foi inaugurada oficialmente em  agosto de 1924.

Estações de trem da região:

Taquara

Igrejinha

Três Coroas

Sander

Agente Hallan (cerca de 13 quilômetros antes da estação da Várzea Grande)

Maquinista Maura (próximo à linha Carahá)

Várzea Grande

Gramado

Canela

Em seu livro O Cheiro do Vinho, Gilnei Casagrande destaca a importância da linha ferroviária para o desenvolvimento de Gramado. “A construção da estrada de ferro que ligou Taquara a Canela por mais de quarenta anos foi fundamental para o desenvolvimento do turismo na região. A hospitalidade, a gastronomia, somada à paisagem que lembrava a Europa, gradativamente se tornaram os principais atrativos. Tais estratégias foram suficiente para atrair o veranista. Essa pode-se dizer que foi a primeira fase do turismo em Gramado”.

Conforme registros, o trem passava pela região de Gramado perto do meio dia. “Muitos testemunhos indicam que o trem servia de relógio para a hora do almoço. Por volta de 11h ele despontava na linha do Moleque, e os colonos sabiam que era hora de largar a lavoura”, comenta o historiador Wanderley Cavalcante.

Um dos grandes destaques da memória ferroviária de Gramado é o rabicho, obra de engenharia ferroviária única na América do Sul. Consistia em um desvio feito a um obstáculo natural, localizado na saída da Várzea Grande. A ultrapassagem do obstáculo somente seria possível com obras de altíssimo custo, como a construção de um túnel, algo que era praticamente impossível para as condições financeiras do empreendimento naquele período. Contornar a montanha, utilizando a força da locomotiva em marcha-ré foi a saída.

As altitudes de cada estação são prova do esforço que as locomotivas precisavam despender para chegar à região. A estação Agente Hallan ficava localizada 234 metros acima do nível do mar. Já a estação Maquinista Maura ficava situada a 417 metros, a da Várzea Grande a 615 metros, a do Centro de Gramado a 827 metros e a de Canela a 830 metros.

 

“Eu cheguei de trem para morar em Gramado”

Nascido em  São Leopoldo, Anselmo Vettorazzi foi trazido a Gramado por um tio para morar com os avós. Na época, ele tinha somente um ano de idade, mas cresceu sabendo que chegou à região pela estrada de ferro. “Sempre conto que eu cheguei de trem para morar em Gramado”, afirma. A casa dos avós e dos tios ficava na localidade de Maquinista Maura, próximo à linha Carahá, onde existia uma estação ferroviária. A renda da família era fruto das vendas em um armazém que tinham em frente à estação.

Durante toda sua infância, Anselmo cresceu com a presença da estrada de ferro em frente à casa onde morava. “Me lembro muito bem de quando o trem passava. Lembro que minha mãe vinha me visitar com presentes e que ela chegava sempre junto com o trem”, conta ele, que hoje está com 67 anos. Ele também  relembra que, ainda pequeno, viajou de trem novamente para ir ao médico. “Fui uma vez à Sander quando fiquei doente e lembro até hoje de andar no trem”, relata Anselmo, que reside no bairro Várzea Grande há mais de 40 anos.

A lembrança do trem para Anselmo também está em pequenas memórias do cotidiano. “Nós costumávamos sair para visitar outras localidades, como ali na linha Moleque, e íamos caminhando pelos trilhos. Quando a gente ouvia aquele barulho do trem, saímos fora para ele passar. Era uma coisa muito normal no dia a dia”, relembra. Como era criança, os trilhos do trem eram distração para a garotada. Anselmo se lembra de algumas famílias com quem brincava no entorno da ferrovia. “Laner, Mapelli, Caberlon, Moschem, Lazaretti, Bareta, Souza e Setti eram todos nossos vizinhos. A gente usava os trilhos como brincadeira, era o que tinha”, comenta.

Mesmo sendo criança na época em que o trem passava por Gramado, Anselmo comenta que a estação era fundamental para os negócios. Na região de Maquinista Maura, residiam cerca de 13 famílias com aproximadamente 9 pessoas em cada uma delas. Logo após o trem encerrar as atividades, aquela localidade foi desaparecendo aos poucos. “Meu avô Primo Vettorazzi tinha um armazém, a Casa 34, e era um dos poucos lugares que existia para fazer compras naquela época. Ele também vendia lenha para abastecer os trens que passavam. Então, algum tempo depois de o trem parar de vir, o negócio fechou. Continuou normal por um período, mas não durou muito”, aponta.

 

Fim da linha ferroviária

O encerramento das atividades da linha ferroviária de Taquara a Canela iniciou em 1962 por determinação do Ministério da Viação e Obras Públicas. Na época, foi criado um grupo de trabalho destinado a realizar um levantamento de linhas consideradas antieconômicas em  todo o país. Logo em seguida foram passadas instruções para fechar os ramais de Pelotas a Canguçu, de Taquara a Canela, e de Ramiz Galvão a Santa Cruz.

No dia 11 de março de 1963, o tráfego da região foi suspenso. Os trabalhos de erradicação dos trilhos iniciaram em dezembro do mesmo ano e foram finalizados em  dezembro de 1965. Atualmente, a Estação do Trem da Várzea Grande e seu entorno são bens tombados pelo Patrimônio Histórico com proteção municipal da Lei 1581/98 de 29/07/1998.

 

Projeto reconstrói história do trem

Um projeto de resgate em homenagem ao centenário do trem foi iniciado no ano passado. Coordenado pelo pesquisador Wanderley Cavalcante, um levantamento percebeu a necessidade de reconstrução da memória ferroviária. Com o objetivo de deixar um legado para a atual e para as próximas gerações, surgiu a ideia de um projeto envolvendo poder público, comunidade, expedições e pesquisa. Para dar vida ao projeto, foi desenvolvido um plano de trabalho formado por três eixos: reconstrução da memória; difusão e acessibilidade didático pedagógica; e mapeamento, recuperação e valorização de sítios históricos e pontos de memória.

Na primeira fase do plano de trabalho em campo, realizada em fevereiro e no início de abril, os voluntários fizeram uma expedição de reconhecimento ao local, além da limpeza e demarcação da parte superior do rabicho, em parceria com a subprefeitura da Várzea Grande. A fase atual inclui a reconstrução do parador do rabicho, a recuperação da trilha a pé, a implantação de marcos indicativos da história ferroviária, a inclusão do rabicho nos planos de educação patrimonial, além de outras ações.

Uma das grandes ações do projeto é o evento de comemoração do centenário. A atividade inicia às 9h com um encontro no Museu do Trem, que terá atrações culturais. Em seguida, às 10h30, haverá uma caminhada a pé até o local onde ficava situado o rabicho. O evento comemorativo está programado para o dia 15 deste mês.

 

MUSEU DO TREM

O Espaço Cultural Estação Férrea Museu do Trem tem como objetivo promover, por meio de exposições permanentes e itinerantes, a reconstrução histórica do bairro Várzea Grande, representada por objetos, documentos primários e fotografias. O local existe há 100 anos e, desde 2008, foi transformada em Museu. Réplicas de locomotivas, máquina de escrever, calculadora, rádio, carteiras de identificação de ferroviários, luminárias, fóle que era utilizado para acender fogo da locomotiva e baús usados como malas fazem parte do acervo.

Conforme a supervisora do Centro Municipal de Cultura Várzea Grande, Maria Solange Muller, “o Museu tem grande importância por guardar elementos da memória ferroviária da história de Gramado. Acredito que a população está se apropriando cada vez mais desse espaço”. O Espaço Cultural Estação Férrea Museu do Trem fica localizada na avenida do trabalhador, 201, e fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h30.

 

Qualidade de vida: consumo e produção de alimentos orgânicos é pauta de evento

MARTINA BELOTTO

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GRAMADO – Priorizar o consumo de alimentos livres de agrotóxicos é um gesto consciente em favor da própria saúde e do meio ambiente. O interesse por alimentos mais saudáveis impulsionou o número de produtores orgânicos registrados no Brasil, que triplicou em menos de uma década, segundo levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ainda, de acordo com o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável, o país cresceu 20% no segmento de alimentos orgânicos em 2018.

Apesar do crescimento registrado, a população ainda sofre com a baixa oferta no mercado e, consequentemente, com preços mais elevados. Numa pesquisa feita pelo Data Popular sobre as principais demandas dos brasileiros ao Ministério da Agricultura, os consumidores afirmaram enfrentar dificuldades para encontrar orgânicos e ter acesso aos alimentos a um preço mais em baixo. O Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável realizou uma pesquisa em que apenas 15% dos entrevistados afirmaram consumir orgânicos.

Diante disso, Gramado recebe pela primeira vez a Semana do Alimento Orgânico, realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com o tema é “Alimento Orgânico: consciência, vida e saúde. Qualidade de saúde do plantio ao prato”, a campanha conta com uma programação voltada para a sensibilização de agricultores e consumidores. As atividades iniciaram na segunda-feira (27) e se encerram sábado (1°).

Conforme a engenheira agrônoma da Emater, Janete Basso Costa, o foco do evento é divulgar as possibilidades do orgânico e fazer uma ponte entre o produtor e o consumidor. “Isso pode abrir novas oportunidades de produção e comercialização para os agricultores, cuidando da saúde da família que produz também. Com relação à importância da ingestão desses alimentos, existem diversas pesquisas que colocam eles como mais nutritivos e livre de agrotóxicos”, aponta.

Entre as atividades da semana, destaca-se o painel sobre “Produção de Alimentos Orgânicos – cenários, perspectivas e tendências de consumos”, que teve a participação do engenheiro agrônomo Sebastião Pinheiro, referência em produção orgânica e agroecologia, do chefe de cozinha Rodrigo Bellora, do agricultor Felipe Possani e da Associação dos Produtores Orgânicos de Gramado (APOG).

No primeiro dia de evento, outra atividade também inspirou os participantes. Semanalmente, agricultoras do interior realizam uma reunião do Clube de Mães. Nesta semana, o encontro aproveitou para tratar sobre o uso de plantas alimentícias não convencionais (PANC’s) e sobre aproveitamento de resíduos orgânicos. A atividade ocorreu na propriedade de Sônia Mewius, na linha Bonita.

Ao lado dos pais, do marido e dos filhos, Sônia trabalha com roteiros de agroturismo. Fora isso, a  família produz alimentos orgânicos para consumo próprio, como aipim, batata, cebola, milho, amendoim, moranga e outros legumes. Conforme ela, “o grande diferencial é não ter veneno e ter uma pura qualidade nutricional”. Mesmo quando a família compra algum alimento, a prioridade são os orgânicos. “São um pouco mais caros, mas vale a pena. Acho que esse evento, por exemplo, é um incentivo para o produtor porque, além de conhecer o sabor e qualidade, damos valor ao produto e ao trabalho que o produtor tem para mantê-lo sem veneno”, avalia.

Mesmo com o hábito de consumir produtos orgânicos, o encontro trouxe para Sônia uma nova visão para a alimentação. Com relação ao uso de plantas não convencionais, ela comenta que muito do que ela conhecia como mato agora poderá ser aproveitado nas refeições. “São tantas plantas que estão ao nosso redor e que podemos aproveitar. Tivemos a oportunidade de aprender sobre ervas e folhas que fazem bem para a nossa saúde e que podem ser consumidas in natura ou em preparos de pratos”, destaca. Com o uso das PANC’s, as participantes da atividade fizeram dois pratos diferenciados, sendo eles um souflé ecológico de folhas e um puré de batata com alho caramelado.

O evento é promovido pela Associação dos Produtores Orgânicos de Gramado (APOG) e pela Cooperativa Agropecuária Planalto Ltda, com o apoio da Emater, secretarias da Agricultura e da Educação, Sicredi, Universidade Aberta do Brasil e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gramado. Também será desenvolvida uma programação até o final de 2019 com o objetivo de dar continuidade ao trabalho. Mais informações com a Emater pelo telefone (54) 3286-2898.

 

Confira a programação

Amanhã (31)

14h – Reunião Clube das Mães da Serra Grande Alemã

Tema: Uso de plantas alimentícias não convencionais e aproveitamento de resíduos orgânicos na propriedade

Local: Propriedade Jeane Wingert

 

Sábado (1°)

6h30 às 11h30 – Feira de produtos orgânicos da APOG e degustação de produtos orgânicos

9h às 10h – Preparação de alimentos orgânicos com o chefe de cozinha Rodrigo Bellora

Local: Praça das Etnias

 

Programação continuada

Dia 7 de junho

14h – Produtos orgânicos nos mercados institucionais – Apresentação da experiência da Prefeitura Municipal de Ipê/RS com o PNAE

Local: Universidade Aberta do Brasil

 

Julho

Solo – importância do manejo de solo na produção orgânica

 

Setembro

Produtos tossanitários – preparo e uso de caldas naturais e controle biológico

 

Novembro

Biofertilizantes – preparo e uso de biofertilizantes naturais.

 

Executivo divulga superávit primário de R$ 14.835.138,67

GRAMADO – Membros do Executivo estiveram na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (29) para prestar contas sobre as metas fiscais referentes ao primeiro quadrimestre de 2019. A apresentação ocorreu durante audiência pública e foi realizada pelo secretário da Fazenda Paulo Rogério Sá Oliveira e pelo contador Paulo Felippe Pinho. Entre maio de 2018 e abril de 2019, a receita corrente líquida do Município chegou a R$ 244.286.707,71, sendo que deste montante foram gastos R$ 112.937.270,45 com folha de pagamento, o que representa 46,23% dos 54% do limite constitucional. Já a receita total do Município, neste mesmo período, ficou em R$ 94.162.412,09, sendo R$ 7.529.764,56 da Gramadotur e R$ 86.632.647,53 do Executivo.

Em relação às despesas líquidas já empenhadas, o valor fica em R$ 120.474.049,53, sendo R$ 109.944.807,77 para a Prefeitura e R$ 10.529.241,76 para a Gramadotur. Já as despesas liquidadas no total representam R$ 69.076.579,60, sendo R$ 62.140.685,21 do Executivo e R$ 6.935.894,39 da Autarquia. Também foram apresentados os valores investidos nas áreas da Saúde e da Educação. Uma porcentagem de 18,96% foi injetada na Educação, sendo aplicados R$ 12.656.670,01 e empenhados R$ 30.618.042,12. Enquanto na saúde foram aplicados R$ 12.887.684,40 e empenhados R$ 30.610.068,91, o que representa 19,31%.

Também foi apresentado o valor dos resultados primários, que é definido pela diferença entre as receitas do Governo, excluindo todas as despesas com juros. Desta forma, a receita primária ficou em R$ 94.068.671,11, enquanto a despesa primária ficou em R$ 79.233.532,44. O resultado demonstra um superávit primário de R$ 14.835.138,67.

 

Cantores lamentam a suspensão das atividades do Coro da UCS

Criado com o propósito de divulgar e fomentar, na comunidade, o canto coral, o Coro da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que completou 50 anos em 2018, teve as suas atividades encerradas após apresentações na Festa da Uva 2019. “A impressão é de que a decisão já estava tomada, apenas esperando passar a Festa da Uva. Como sempre fazíamos, vínhamos ensaiando duas vezes por semana. No início do semestre, quando começávamos a planejar o cronograma para este ano, a Universidade demitiu as únicas pessoas que eram remuneradas: a maestrina Anita Bergmann Campagnolo e o preparador vocal Ricardo Barpp. Sem saber como continuaríamos, fomos conversar com o coordenador do curso de música, que nos falou que também tinha sido pego de surpresa. A única informação que tinha era de que o Coro passaria a fazer parte da graduação, tipo um laboratório, mas que não tinha ideia de como seria desenvolvido”, relata Maria Inez Lopes, que cantava a um ano no Coro.

Conforme Maria, os 20 cantores, dentre eles estudantes e pessoas das mais variadas profissões, ficaram decepcionados com a desconsideração. “Tínhamos cantores de 18 a mais de 60 anos, alguns com muito tempo de casa. Dedicávamos parte das nossas vidas para fazer essa atividade que exercíamos por amor, de forma voluntária. Tínhamos colegas que vinham de Farroupilha, duas vezes por semana, só para o ensaio. Levávamos o nome da UCS a vários eventos sociais, culturais e religiosos”, destacou.

Embora imagine que a suspensão das atividades do Coro esteja ligada a contenção de gastos, Maria salienta que somente a maestrina e o preparador de vocal eram remunerados. “Não tivemos aviso prévio, só pensaram no dinheiro. O decreto foi dado, sem termos a chance de propor alternativas, que seriam encontradas. Éramos um grupo animado, sempre procurando evoluir e, de repente, tudo nos foi tirado. Acreditamos que quem mais sairá perdendo é a cultura de Caxias, a comunidade que não terá mais o Coro da UCS, que era de qualidade. É um legado que está sendo quebrado. Pode ser que volte com outro formato, mas a forma como as ações recentes foram conduzidas indicam o contrário”, lamentou.

 

Instituição assegura que atividade será retomada

 

O coordenador do curso de música, Vitor Hugo Manzke, sustenta que o Coro não encerrou as atividades. O que está acontecendo, segundo ele, é uma reestruturação, com a coordenação deixando de ser do setor de Cultura da UCS, e passando, desde março, a ser executada pelo curso de Licenciatura em Música. “Todo o setor cultural está sendo reestruturado. Mas, realmente, as atividades artísticas e os ensaios não estão acontecendo. No entanto, os trabalhos administrativos de reestruturação e de planejamento de novos projetos estão sendo executados. Estamos gestando um novo formato de trabalho com o Coro. Ele passará a ser uma espécie de laboratório de licenciatura em música, com o apoio dos nossos professores”, explicou.

Sobre como será o novo formato e quando o Coro voltará à ativa, Manzke optou por não divulgar nesse momento alegando ainda estar em fase de planejamento. Disse existirem algumas bases para as ações. “Estamos montando algo que não contemple apenas o coro numa faixa etária, mas em movimentos, que é o que acontece no Brasil e no mundo. Se pensa desde o coro infantil, adulto e sênior, que dialogarão com a proposta da licenciatura em música”, explicou.

O coordenador frisou que, quando recebeu o Coro em março, ainda não tinha agenda para este ano. Assegurou que tão logo as atividades artísticas sejam retomadas, todos os eventos antes realizados, além de novas demandas, serão atendidos. Sobre a queixa dos cantores de que não foram avisados do processo de reformulação, Manzke garantiu ter realizado duas reuniões, quando a situação foi explicada. “Informamos que tão logo a parte organizacional esteja definida, eles serão os primeiros a serem contatados. Asseguramos que não vamos rasgar uma história de 50 anos, e que todos os cantores que antes participavam terão as portas abertas, assim como a comunidade”, ressaltou.

 

Íntegra do manifesto dos cantores

 

À Reitoria da Universidade de Caxias do Sul, Setor Cultural da UCS e comunidade em geral

 

Em respeito e resposta ao nosso público, o objetivo deste comunicado é expressar o desapontamento com a Instituição Universidade de Caxias do Sul referente às decisões pertinentes ao Coro da UCS que acarretaram na suspensão temporária das suas atividades neste início de 2019. Em 2018, o grupo comemorou seus 50 anos de história, sendo uma marca como instituição cultural da cidade de Caxias do Sul. Nestes 50 anos vinha ocupando um relevante espaço no ambiente musical, reconhecido pela comunidade por seu estimável valor artístico e continuamente colaborando com o fomento da cultura em nossa cidade e região. Acreditamos, entretanto, que tal fato não tenha sido levado em consideração quando se optou por, unilateralmente, afastar de suas funções a regente e o preparador vocal do grupo, além de desvincular esse grupo do setor de Desenvolvimento Cultural da UCS.

O descontentamento maior se dá, no entanto, em relação ao grupo de cantores que ensaiava duas vezes por semana, além de participarem de concertos e outras atividades. Grupo que se dispunha a estar presente, eventualmente deixando outros compromissos de lado, para atender à demanda que se fazia necessária para o bom funcionamento e desenvolvimento artístico do grupo. Este grupo de voluntários se via como parte de uma instituição e, através dela, acreditavam contribuir para o benefício cultural e desenvolvimento da sociedade.

Surpreendentemente, porém, o grupo é destituído de sua atividade sem um mínimo planejamento concreto sobre como se daria a continuidade de sua existência, deixando seus participantes na expectativa de entender as motivações de tais decisões. A percepção de que fomos tratados com descaso e certa indiferença pela UCS se acentua quando o grupo recebe como retorno uma agenda impalpável, que não oferece perspectiva. Solicitada pelo grupo, a presença do coordenador do Departamento de Música da UCS comprova que não houve planejamento quanto à decisão, visto que o plano sobre o que se fazer a respeito do grupo é incondizente com a demanda atual de horários dos servidores, entre outras questões, conforme colocou o professor Vitor Hugo Manzke, fazendo com que decisões se prolonguem, no mínimo, até o segundo semestre, ou mais, visto que estamos em maio e nenhum retorno foi recebido.

Atentos sobre o andamento do grupo e sensibilizados com o incerto futuro de um bem cultural tão significativo para a comunidade caxiense, manifestamos nosso sentimento de perda. Perde a música, a cidade, os seus participantes, a academia e a história. Respeitosamente, Cantores do Coro da UCS”.

 

QUATRO RODAS: Erechim Rally Brasil começa nesta quinta

A partir das 7h30 desta quinta-feira (30), o município de Erechim vai respirar o barulho dos motores dos automóveis participantes do Erechim Rally Brasil, tradicional torneio off-road do automobilismo brasileiro. A competição já soma 48 duplas inscritas para um percurso de 153 km de extensão, em dois dias de disputas. A quinta-feira será dedicada ao reconhecimento da pista. As baterias diurnas e noturnas ocorrem a partir de sexta-feira (31).

Com organização do Erechim Auto Esporte Clube, o Erechim Rally Brasil contabilizará os pontos das provas para as tabelas de classificação do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade e também para mais três modalidades: Copa Maxi Rally, Copa Absoluto Tração Simples e Campeonato Gaúcho de Rally de Velocidade. Um dos pontos fortes da programação, que vai até domingo (2), serão dois super-prime, baterias nas quais os bólidos largam de dois em dois, percorrendo circuito fechado com diversos desafios.

As disputas serão no Parque de Apoio, onde estarão os boxes das equipes. A estrutura está localizada na Rua Henrique Pedro Salomoni, s/nº. A entrada ao evento é gratuita, mas o público deve doar um quilo de alimento não perecível. A ação integra o projeto Rally Solidário, que doará mantimentos ao Programa Mesa Brasil, uma promoção do SESC Erechim. A premiação de todas as provas será no domingo, a partir das 14h. Entre os navegadores e pilotos envolvidos, há profissionais de Caxias do Sul.

 

Vinho encanado retorna ao Centro de Bento Gonçalves

A espera por um dos momentos mais icônicos da história da Festa Nacional do Vinho (Fenavinho) está prestes a acabar. Neste sábado, às 11h, os bento-gonçalvenses e os visitantes da maior festa do município voltam a brindar nas ruas da cidade o vinho encanado, após oito anos, vivendo um momento de pura nostalgia.

Uma programação intensa aguarda a comunidade no ponto para onde convergem os principais acontecimentos populares de Bento, a Via del Vino. Por aí, shows e apresentações artísticas deixam ainda mais festivo este momento histórico, que ganha reprise também no domingo (2) e, no próximo final de semana (8 e 9), sempre das 11h às 17h. Juntam-se a essas atrações oferta de produtos da agroindústria, gastronomia e artesanato.

Quem visitar a atração neste final de semana, especialmente no domingo, também terá a oportunidade de acompanhar outro momento marcante da Fenavinho. A partir das 15h, na Rua Marechal Deodoro, entre as ruas Saldanha Marinho e Júlio de Castilhos, diversos carros alegóricos exibem a alegria, os costumes e os hábitos do interior num desfile que traz, ainda, entidades, autoridades, escolas e o trio de soberanas da festa. Mais cedo, ocasião ainda mais descontraída promete divertir o público, às 13h, quando entra em cena a corrida de barrica do Circolo Trentino.

O vinho encanado é elaborado com cepas nobres, representados pelo merlot e moscato, além de suco de uva integral, todos fornecidos pela Cooperativa Vinícola Aurora. A estimativa é que 16 mil taças sejam vendidas nos dois finais de semana. Os produtos serão comercializados em valor único de R$ 5 a dose.

O vinho encanado foi instituído na primeira edição da Fenavinho, em 1967, e logo se tornou um dos principais chamarizes para divulgar a festa, tornando-a famosa em todo o país. A próxima edição da festa, a 16ª, será promovida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), conjuntamente com a ExpoBento, outra realização da entidade. Os dois eventos serão no Parque de Eventos, entre os dias 13 e 23 de junho.

 

Programação

Sábado (1)

11h: Abertura com Rodrigo Solton

14h: Trio Irmãos Manzoni e Juliano

15h: Rodrigo Solton e Coral Vale dos Vinhedos

17h: Elvis Celebration In Concert

 

Domingo (2)

11h: Teatro “O maravilhoso show da Família Gentil”

13h: Corrida de barricas Circolo Trentino

15h: Desfile de carros alegóricos

17h: Banda Rainha de Espadas

 

Trajes oficiais são apresentados

 

O cortejo real da 16ª Festa Nacional do Vinho já desfila com seus trajes oficiais, remontando às vestimentas utilizadas pelas primeiras soberanas, há mais de cinco décadas. A Imperatriz do Vinho, Bárbara Bortolini, e suas Damas de Honra, Ana Paula Pastorello e Sandi Marina Corso, apresentaram as novas indumentárias durante o desfile “Eles na Passarela”, realizado no Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves, na terça à noite (28).

 

DIA DO DESAFIO: Atividades mobilizaram vários segmentos sociais

O Dia do Desafio, realizado pelo SESC nesta quarta (29), mobilizou a comunidade com diversos serviços e atividades em diferentes bairros e no Centro. A ação iniciou na Prefeitura, às 8h, com a participação de servidores públicos. As atividades seguiram-se na Praça Dante Alighieri, onde foram realizadas aulas de ginástica, dança e taekwondo. De forma inédita, a população pôde pedalar a mais de trinta metros de altura em uma plataforma de vidro suspensa.

Para a sede do SESC foram programados torneios de câmbio, com alunos do programa de Câmbio da Secretaria do Esporte e Lazer; simulador 3D de paraglider; e academia aberta ao público. Outras atividades foram realizadas em escolas e empresas, como alongamento e ginástica.  Essa data é realizada mundialmente, sempre com o intuito de incentivar a prática de exercícios físicos. Neste ano, Caxias do Sul compete com a cidade de Cascavel, no Paraná.

 

ALIMENTAÇÃO: Feira Ecológica terá edição na área central

Visando incentivar hábitos mais saudáveis de alimentação, a Feira Ecológica de Caxias do Sul será ampliada. Nas quintas-feiras, das 14h às 18h, será realizada edição nas imediações da Prefeitura. A comercialização feita por oito feirantes começa nesta quinta (30) em alusão à Semana dos Alimentos Orgânicos. Com esta medida, o ponto de venda das quintas-feiras, na Universidade de Caxias do Sul, será extinto.

O objetivo da alteração é abrir um canal de venda centralizado para atrair novos consumidores. A mudança foi definida em reunião da Secretaria da Agricultura com os produtores orgânicos. Andreia Basso, 55 anos, moradora da Linha Feijó, cultiva frutas cítricas, pêssegos e agrião. Ela comentou o impacto das mudanças para a feira. "Já havíamos feito uma experiência no pórtico da prefeitura e foi um sucesso. Por ser mais centralizado, atrairá o consumidor”, destacou.

A feira tem a participação de produtores locais e de Ipê, Bom Princípio, Antônio Prado, Montenegro, Nova Roma do Sul e Torres, além de participantes da Rede Ecovida. As edições já tradicionais de sábado, na Praça das Feiras, no Bairro São Pelegrino, e das quartas-feiras, na Rua Santos Dumont, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, seguem normalmente.

 

DIA DO VINHO: Programação segue até o fim de semana

Os fãs da bebida de Baco podem comprar até este domingo (2) vinhos, espumantes e sucos de uva a preços promocionais, com descontos de até 50%. Cerca de 80 vinícolas, delicatéssens e lojas especializadas estão oferecendo descontos em comemoração ao Dia do Vinho Brasileiro. A programação da série de eventos simultâneos teve início em 17 de maio e encerra-se neste fim de semana, em 45 cidades do Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

A programação ainda contempla atividades ligadas ao turismo de experiência, que completam as mais de 700 atividades em vinícolas, hotéis e restaurantes. As possibilidades variam desde festival de carnes assadas, passando por piqueniques, shows, caminhada, sunsets e degustações temáticas, até passeio de trem e venda de vinho encanado na praça.

 

Algumas experiências

 

Antônio Prado

 

VINO E MANGIARE

Degustação e venda de vinhos e refeições       
Quando: sábado, das 19h às 23h

Onde: Salão da Gruta Nossa Senhora de Lourdes

Valor: entrada franca (somente o que for consumido)        
 

Bento Gonçalves

 

HARMONIZAÇÃO DE QUEIJOS E VINHOS   
Onde: Vinícola Casa Valduga          
Quando: sexta, das 15h10 às 18h

Valor: R$ 100 mediante reserva

 

PIQUENIQUE EM MEIO AOS JARDINS       
Quando: sábado

Onde: Vinícola Cainelli          
Valor: R$ 75 mediante reserva

 

L'ESSENZA DEL VINO 
Passeio de 90 minutos a bordo de um vagão exclusivo do nostálgico trem Maria Fumaça, entre as cidades de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, com degustação de quatro rótulos da região harmonizados com queijos

Quando: sábado, das 14h às 16h

Onde: Giordani Turismo

Valor: R$ 189 por pessoa

 

FESTIVAL DE ASSADOS          
Carnes e legumes preparados no fogo pelo chef Giordano Tarso

Quando: sábado, das 12h às 15h

Onde: Vinícola Dal Pizzol      
Valor: R$ 180 (almoço + bebidas), sob reserva

 

Farroupilha

 

V CAMINHADA DO DIA DO VINHO   
Saída do Centro de Farroupilha, de ônibus, até o Salto Ventoso. Visita à cascata e, após, caminhada de 15 quilômetros até a vinícola Cave Antiga, passando pela linha Müller e Desvio Blauth. A inscrição inclui traslado e almoço colonial

Quando: domingo, das 9h às 17h

Onde: Vinícola Cave Antiga

Valor: R$ 65 por pessoa sob agendamento 

 

Flores da Cunha

 

ENTARDECER NO COMPASSO: DO VINHO E DA MÚSICA

No cardápio, hambúrgueres, risoto de shiitake, tábua de frios, vinhos, espumantes e sucos

Quando: sábado, das 16h às 22h

Onde: Galpão da Vinícola Gilioli

Valor: Entrada franca (somente o que for consumido)

 

FESTIVAL DE VINHOS E GASTRONOMIA

Domingo, das 11h30 às 17h30

Onde: Praça da Bandeira

Em caso de chuva será transferido para o Parque da Vindima
 

Garibaldi

SABOR E CONTEMPLAÇÃO NA CAPITAL DO ESPUMANTE

Programação inclui tour pela cidade a bordo do Tim Tim, com saída da Hostaria Casacurta, seguindo até a Cooperativa Vinícola Garibaldi, onde os participantes vivenciarão a experiência Taça e Trufa, que combina a degustação de espumantes com trufas artesanais exclusivas. Após, a visita segue pelo centro histórico e finaliza com jantar no Hostaria Casacurta.

Quando: sexta

Valor: R$ 220 (www.sympla.com.br/dia-do-vinho—tim-tim 527943).

 

Vila Flores

 

VINHO E CERÂMICA

Visitação guiada pela propriedade, contação de histórias da família e degustação de licor de uva artesanal. No atelier, pintura em cerâmica com vinho, para grupos a partir de 10 pessoas

Quando: sexta

Onde: L'Arte Ceccato

Valor: R$ 20 mediante agendamento

 

PERFEITA ALEGRIA

Evento que une vinho, espiritualidade, música, gastronomia e a exposição de arte Gioia della Terra

Quando: domingo, às 15

Onde: Pousada dos Capuchinhos e Vinhedo dos Frades

Valor: R$ 20 (1º lote) e R$ 25 (2º lote), à venda no local ou em www.sympla.com.br.

 

No site oficial www.diadovinhobrasileiro.com.br o turista tem a possibilidade de buscar pelo que fazer, quando e onde, podendo escolher e planejar o próprio roteiro, entre tantas combinações. No endereço, também é possível consultar todos os descontos que estão sendo oferecidos nas regiões participantes.

 

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